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II

E quando murmurar-me ardente em sêde
Meu corpo a referver — n’algum prostibulo,
N’algum indigno amor em gozo indigno
Eu irei esquecer-me — e nos vendidos
Beijos da meretriz — no leito infame
Polluto dos prazeres impudicos
Cansado dormirei, debilitado
Da lubrica vigilia — e assim ao menos
Talvez deslumbrarei essa desdita
De amar sem ser amado que eu padeço!

Dormir co’uma mulber sem ter un gozo
Afóra esse tremer de torpe anhelo
De cão — d’abjecto ser — materia bruta
Sem alma — sem pensar; só impureza!

E depois enjoado revolver-se
No thalamo d’insomnia — desprezando
A mulher mercenaria que por oiro,
Por oiro tão sómente nos abraça;
Que quanto mais se dá mais finge amar-nos;
Cujos labios impuros se ressentem
Inda dos beijos d’hontem — e os prazeres
Os mesmos venderá, os mesmos labios
Prostituidos, publicos, sem brio
Amanhã ou depois a qualquer outro;
Que então palpitará de amor mentido
Com os seios arfando, os olhos langues.
Qual hoje — estremecendo sob o enlace