Aparição lenta e sucessiva das espécies novas. — Sua diferente velocidade de transformação. — As espécies extintas não mais reaparecem. — Os grupos de espécies, no ponto de vista da sua aparição e desaparição, obedecem às mesmas regras gerais que as espécies isoladas. — Extinção. — Alterações simultâneas das formas orgânicas em todo o globo. — Afinidades das espécies extintas quer entre si, quer com as espécies vivas. — Estado de desenvolvimento das formas antigas. — Sucessão dos mesmos tipos nas mesmas zonas. — Resumo deste capítulo e do capítulo precedente.
Examinemos agora se as leis e os factos relativos à sucessão geológica dos seres organizados concordam melhor com a teoria ordinária da imutabilidade das espécies do que com a da sua modificação lenta e gradual, por via da descendência e da selecção natural.
As espécies novas têm aparecido muito lentamente, uma após outra, tanto na terra como nas águas. Lyell demonstrou que, a este respeito, as diversas camadas terciárias fornecem um testemunho incontestável; cada ano tende a preencher algumas lacunas que existem entre estas camadas, e a tornar mais gradual a proporção entre as formas extintas e as formas novas. Em algumas das camadas mais recentes, posto que subindo a uma alta antiguidade contando em anos, nota-se apenas a extinção de uma ou duas espécies, e a aparição de outras tantas espécies novas, quer locais, quer, quanto o podemos julgar, sobre toda a superfície da Terra. As formações secundárias são mais destruídas; mas, assim como o faz notar Bronn, a aparição e a