OS BRUZUNDANGAS
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déo, se fazia ministro ou mesmo Manda-Chuva da Republica. Que mayor, não acham?

E aquelle que, tendo sido ministro do Imperador da Bruzundanga e seu conselheiro, se transformou em açougueiro para vender carne aos vizinhos a dez reis de mel coado, graças ás isenções que obteve com o prestigio do seu nome, dos seus amigos, da sua familia e das suas antigas posições, emquanto os seus patricios pagavam-lhe o dobro?

Quantos exemplos de lá, bem grandes, nos irão precaver contra os pequeninos de cá... A «Arte» fala a verdade...

Outra cousa curiosa da Bruzundanga, das grandes, das extraordinarias, é a sua «Defeza Nacional».

Lá, como em toda a parte, se devia entender por isso a acquisição de armamentos, munições, equipamentos, adextramento de tropas, etc.; mas os doges do Kaphet (vide texto) entenderam que não; que era dar-lhes dinheiro, para ellevar artificialmente o preço de sua especiaria. De que modo? Retendo o producto, prohibindo-lhe a exportação desde certo limite, comquanto se houvessem tenazmente opposto a que semelhante medida fosse tomada no que toca ás utilidades indispensaveis á nossa vida: cereaes, carnes, algodão, assucar, etc.

E’ preciso notar que taes utilidades, como já fiz notar, iam para o estrangeiro por metade do preço, menos até.

Aprendamos por ahi a conhecer os nossos menores.

Poderia muito bem falar de outros grossos casos de lá, capazes de nos livrar dos taes pequenos daqui; mas, para que?