grandes negociantes de todas as terras, e encaminhou-se para a estação da estrada de ferro. Ei-lo no centro da cidade.

Adquiriu a entrada, isto é, o cartão, nas mãos do contínuo do consultório, despedindo-se dos seus cinqüenta mil-réis com a dor de pai que leva um filho ao cemitério. Ainda se o doutor fosse seu freguês... Mas qual! Aqueles não voltariam mais...

Sentou-se entre ‘cavalheiros bem vestidos e damas perfumadas. Evitou encarar os cavalheiros e teve medo das damas... Sentia bem o seu opróbrio, não de ser taverneiro, mas de só possuir de economias duas miseráveis dezenas de contos... Se tivesse algumas centenas — então, sim, ele! — ele poderia olhar aquela gente com toda a segurança da fortuna, do dinheiro, que havia de alcançar certamente, dentro de anos, o mais breve possível.

Um a um, iam eles entrando para o interior do consultório; e pouco se demoravam. Suza começou a ficar desconfiado... Diabo! Assim tão depressa?

Boa profissão, a de médico! Ah! Se o pai tivesse sabido disso... Mas qual!

Pobre pai! Ele mal podia com o peso da mulher e dos filhos, como havia de pagar-lhe mestres? Cada um enriquece como pode...

Foi, por fim, à presença do doutor. Krat gostou do homem. Tinha um olhar doce, os cabelos já grisalhos, apesar de sua fisionomia moça, umas mãos alvas, polidas.

Perguntou-lhe o médico com muita macieza de voz: