fabricar, no palácio do seu ministério, uma Bruzundanga peralvilha e casquilha, gênero boulevard, sem os javaneses, que incomodavam tanto os estrangeiros e provocavam os remoques dos caricaturistas da República das Planícies, limítrofe, e tida como rival da Bruzundanga.

Enfim, ele não era ministro, para felicitar os seus concidadãos, para corrigir-lhe os defeitos em medidas adequadas para acentuar as suas qualidades, para aperfeiçoá-las, para encaminhar melhor a evolução do país, acelerando-a como pudesse; o visconde era ministro para evitar aos estranhos, aos touristes, contratempos e maus encontros com javaneses. Ele chegou até a preparar uma guerra criminosa para ver se dava cabo destes últimos...

Mas como ia dizendo, Pancôme, no seu ministério, fazia tudo o que entendia; mas, mesmo assim, não se atrevia a romper abertamente com aquela história de concursos, com os quais desde muito andava escarmentado, devido a razão que lhes hei de contar mais tarde.

Era, afinal, uma pequena hesitação no espírito de um homem que tinha tido até ali tão audazes atrevimentos para desrespeitar todas as leis, todos os regulamentos e todas as praxes administrativas.

É bastante dizer que, não contente em residir no próprio edifício do ministério sem autorização legal, Pancôme não trepidou em estabelecer na chácara do mesmo um redondel de touradas, um campo de football, um café-concerto, para obsequiar respectivamente os diplomatas espanhóis, ingleses e suecos.

Como já tive ocasião de dizer, tal ministro só trabalhava