chegar ao cume; havia fatalmente de rolar pelas encostas abaixo, antes de atingir o meio da jornada.

O visconde, porém, não se temorizou, subiu e dizem que foi ao pico da montanha.

A vista de semelhante proeza, os naturais do país, logo que a nova se espalhou, exultaram, pois andavam de há muito necessitados de um herói. Não contentes da notícia da façanha ter corrido toda a nação, telegrafaram para as cinco partes do mundo exaltando a ousadia ainda mais.

É verdade que, antes de Pancôme, muitos outros, entre os quais o Kaetano Phulgêncio, um roceiro do local, tinham subido o Tiaya várias vezes, em aventuras de caça, e até esse Phulgêncio serviu-lhe de guia; mas isto não foi lembrado e Pancôme passou por ser o primeiro a fazê-lo.

De tal proeza e das conseqüências que dela advieram, nasceu a fama do visconde, a sua consideração de herói nacional, tanto mais que os clubes alpinos da Europa tomaram nota do ilustre feito e, graças à diplomacia da Bruzundanga, o retrato e a biografia do portentoso varão foram estampados nas revistas especiais de sport. Durante um mês, os jornais da capital do interessante país que ora nos ocupa, não deixaram um só dia de publicar telegramas do seguinte teor ou parecidos: "La Vie au Grand Air, importante revista francesa, publica o retrato do Visconde de Pancôme, o destemido herói do Tiaya, e os seus traços biográficos."

Um outro quotidiano dizia: "Army, Navy and Sport, célebre magazine inglês, estampando o retrato do Visconde de Pancôme,