fumaças de aristocracia, nada casquilhos, nem arrogantes.

Apareceu, porém, um embaixador gordo e autoritário, megalômano e inteligente, o Visconde de Pancôme, que fizeram ministro dos Estrangeiros, e ele transformou tudo.

Empossado no ministério, a primeira cousa que fez foi acabar comas leis e regulamentos que governavam o seu departamento. A lei era ele. O novo ministro era muito popular na Bruzundanga; e vinha a sua popularidade do fato de ter obtido do rei da Inglaterra a comenda de Jarreteira para o mandachuva e seus ministros, assim como o Tosão de Ouro da Espanha para os generais e almirantes.

Todos os senhores hão de se admirar que tal cousa tenha feito o homem popular. É que os bruzundanguenses babam-se inteiramente por esse negócio de condecorações e comendas; e, embora cada qual não tivesse recebido uma, eles se julgavam honrados pelo fato do mandachuva, do ministro, dos generais e almirantes terem recebido condecorações tão famosas no mundo inteiro.

São assim como nós que temos grande admiração pelo Barão do Rio Branco por ter adjudicado ao Brasil não sei quantos milhares de quilômetros quadrados de terras, embora, em geral, nenhum de nós tenha de seu nem os sete palmos de terra para deitarmos o cadáver.

O visconde, exaltado no ministério, tendo por lei a sua vontade, baseado na popularidade, fez o que entendeu e a sua preocupação máxima foi dar à representação