OS MAIAS
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a cigarrette, fôra tão abafada! Elle mal pudera dormir. E ella?

Oh, ella dormira d’um somno só. Carlos quiz saber se tivera bonitos sonhos.

Oh yes, sir.

Oh yes! mas agora um yes pudico, sem gemidos, com os olhos baixos. E tão correcta, tão pregada, fresca como se nunca tivesse servido!... Positivamente era extraordinaria! E Carlos, torcendo o bigode, pensava que ella devia ter um seiosinho bem alvo e bem redondinho!

Assim ia passando o verão nos Olivaes. No começo de setembro, Carlos soube por uma carta do avô que Craft devia chegar a Lisboa, n’um sabbado, ao Hotel Central: e correu lá cedo, logo n’essa manhã, a ouvir as novidades de Santa Olavia. Achou Craft já a pé, diante do espelho, fazendo a barba. A um canto do sofá, Eusebiosinho, que viera na vespera á noite de Cintra e estava tambem no Hotel, limpava as unhas com um canivete, em silencio, coberto de negro.

Craft vinha encantado com Santa Olavia. Nem comprehendia como Affonso, beirão forte, tolerava a rua de S. Francisco, e o quintalejo abafado do Ramalhete. Tinha-se passado régiamente! O avô, cheio de saude, d’uma hospitalidade que lembrava Abrahão e a Biblia. O Sequeira optimo, comendo