tanto que ficava inutil depois de jantar, a estoirar e a gemer no fundo d’uma poltrona. Lá conhecera o velho Travassos, que fallava sempre com os olhos cheios de lagrimas do «talento do seu caro collega Carlos.» E o marquez esplendido, com abraços de primo a todos os fidalgotes de Lamego, e apaixonado por uma barqueira... De resto soberbos jantares, alguns tiros aos coelhos, uma romaria, danças de raparigas no adro, guitarradas, esfolhadas, todo o dôce idyllio portuguez...
— Mas a respeito de Santa Olavia temos a fallar mais sériamente, disse por fim Craft, entrando na alcova, a ensaboar a cabeça.
— E tu, perguntou então Carlos, voltando-se para o Eusebiosinho. Tens estado em Cintra, hein? Que se faz lá?... O Ega?
O outro ergueu-se guardando o canivete, ageitando as lunetas.
— Lá está no Victor, muito engraçado, comprou um burro... Lá está o Damaso tambem... Mas esse pouco se vê, não larga os Cohens... Emfim tem-se passado menos mal, com bastante calor...
— Tu estavas outra vez com a mesma prostituta, a Lola?
Eusebiosinho fez-se escarlate. Credo! estava no Victor, muito sério! O Palma é que lá tinha apparecido com uma rapariga portugueza... Tinha agora um jornal, A Corneta do Diabo.
— A Corneta...?
— Sim, do Diabo, disse o Eusebiosinho. É um jornal