OS MAIAS
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profundamente, ao vêr Maria, o seu largo chapéo desabado.

— Imaginava-o pela Gollegã! exclamou Carlos. Foi até o Cruges que me disse... Quando chegou vossê?

Chegára na vespera. Lá fôra ao Ramalhete; tudo deserto. Agora vinha aos Olivaes vêr um dos Vargas que tinha casado, se installára alli perto, a passar o noivado...

— Quem, o gordo, o das corridas?

— Não, o magro, o das regatas.

Carlos, debruçado da almofada, examinava a egoasita do marquez, pequena, bem estampada, d’um baio escuro e bonito.

— Isso é novo?

— Uma facasita do Darque... Quer-m’a vossê comprar? Sou já um pouco pesado para ella, e isto mette-se a um dog-cart...

— Dê lá uma volta.

O marquez deu a volta, bem posto na sella, avantajando a egoa. Carlos achou-lhe «boas acções». Maria murmurou — «Muito bonita, uma cabeça fina...» Então Carlos apresentou o marquez de Souzella a madame Mac-Gren. Elle chegou a egoa á roda, descoberto, para apertar a mão a Maria: e á espera do Ega que se eternisava lá dentro, ficaram fallando do verão, de Santa Olavia, dos Olivaes, da Toca... Ha que tempos o marquez alli não passava! A ultima vez fôra victima da excentricidade do Craft...