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OS MAIAS

Carlos voltou sem reparar no cofre. Foi um immenso allivio para o Ega.

— Então, Cintra? disse Carlos, sentando-se aos pés da cama. Com effeito não é má idéa... A Maria ainda hontem esteve tambem a fallar d’ir a Cintra... Espera! Podiamos fazer a patuscada juntos... Iamos no break, a quatro!

E olhava já o relogio, calculando o tempo para atrellar, avisar Maria.

— O peor, acudiu o Ega atrapalhado, tomando de sobre a mesa o monoculo, é que o Taveira fallou em irmos com umas raparigas...

Carlos encolheu os hombros com horror. Que sordidez, ir com mulheres para Cintra, de dia!... De noite, nas trevas, por bebedeira, vá... Mas á luz do Senhor! Talvez com a Lola gorda, hein?...

Ega embrulhou-se n’uma complicada historia, limpando o monoculo á ponta do lençol. Não eram hespanholas... Pelo contrario, umas costureiras, raparigas sérias... Elle tinha um compromisso antigo d’ir a Cintra com uma d’ellas, filha d’um Simões, um estofador que fallira... Gente muito séria!...

Perante estes compromissos, tanta seriedade, Carlos desistiu logo da idéa de Cintra.

— Bem, acabou-se!... Vou então tomar banho e depois a negocios... E tu, se fôres, traze-me umas queijadas para a Rosa, que ella gosta!...

Apenas Carlos sahiu, Ega cruzou os braços desanimado, descorçoado, sentindo bem que não