OS MAIAS
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dizia Rosa, séria e presa ao seu livro. Hei de t’as contar depois... São historias de bichos.

Maria Eduarda erguera-se, desapertando lentamente as fitas do chapéo.

— Quer tomar uma chavena de chá comnosco, snr. Carlos da Maia? Eu vinha morrendo por uma chavena de chá... Que lindo dia, não é verdade? Rosa, fica tu a contar o nosso passeio emquanto eu vou tirar o chapéo...

Carlos, só com Rosa, sentou-se junto d’ella, desviando-a do livro, tomando-lhe ambas as mãos.

— Fomos ao Passeio da Estrella, dizia a pequena. Mas a mamã não se queria demorar, porque tu podias ter vindo!

Carlos beijou, uma depois da outra, as duas mãosinhas de Rosa.

— E então que fizeste no Passeio? perguntou elle, depois d’um leve suspiro de felicidade que lhe fugira do peito.

— Andei a correr, havia uns patinhos novos...

— Bonitos?...

A pequena encolheu os hombros:

— Chinfrinzitos.

Chinfrinzitos! Quem lhe tinha ensinado a dizer uma coisa tão feia?

Rosa sorriu. Fôra o Domingos. E o Domingos dizia ainda outras coisas assim, engraçadas... Dizia que a Melanie era uma gaja... O Domingos tinha muita graça.

Então Carlos advertiu-a que uma menina bonita,