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Gilliatt conjecturara com exatidão. Via-se no angulo meridional do trapesio uma superposição de rochedos, de troços provaveis do descalabro do cimo. Esses rochedos, especie de monte de pedras desmedidas, deixavam lugar a um animal feroz que alli tivesse trepado para passar. Equilibravam-se no meio da confusão; tinha os intersticios de um montão de grabatos. Não havia grota nem antro, mas buracos como uma esponja. Um desses podia admittir Gilliatt.

O fundo desse buraco era de relva e musgo. Gilliatt estaria alli como se fosse em casa.

A alcova na entrada tinha dous pés de altura. Estreitava-se para o fundo. Ha tumulos de pedra que tem essa fórma. O monte de rochedos estava encostado ao sudoeste, de modo que a casinhola de Gilliatt ficava garantida das aguas, mas aberta ao vento do norte.

Gilliatt achou que isso era bom.

Os dous problemas estavam resolvidos, a pança tinha um porto, elle tinha casa.

A excellencia da casa era ficar perto da Durande.

O gancho da corda tinha cahido entre dous pedaços de rocha e ficou solidamente preso. Gilliatt immobilisou-o pondo em cima uma grossa pedra.

Depois entrou immediatamente em livre pratica com a Durande.

Já estava em casa.

A grande Douvre era a casa, e Durande era a officina.

Ir e vir, subir e descer, nada mais simples.

Atirou-se vivamente pela corda abaixo até o tombadilho.