O furacão engolphava-se agora entre as duas muralhas do estreito.
De subito resoou e prolongou-se a alguma distancia por traz de Gilliatt um estalo mais assustador, que tudo quanto Gilliatt até então ouvira.
Era do lado da pança.
Passava-se alli alguma cousa funesta.
Gilliatt correu.
Do lado de leste, onde se achava, não podia elle vêr a pança por causa dos zig-zags da viella. Na ultima volta parou e esperou o relampago.
Rompeu o relampago e mostrou-lhe a situação.
Á vaga da abertura de leste correspondeu um tufão na abertura de oeste. Esboçava-se um desastre.
Á pança não tinha avaria visivel; ancorada como estava, dava pouco flanco, mas o casco da Durande estava em risco de cahir.
Aquella ruina, em semelhante tempestade, apresentava uma victima. Estava toda fora d’agua, no ar, offerecida ao temporal. O buraco que Gilliatt praticára para extrahir a machina enfraquecêra o casco. O barrote da quilha estava cortado. O esqueleto tinha columna vertebral despedaçada.
Soprára em cima o furacão.
Não precisou mais. A amurada dobrou-se como um livro que se abre. Fez-se o desmembramento. Foi estalo que, no meio da tempestade, chegára aos ouvidos de Gilliatt.
O que elle vio ao chegar parecia quasi irremediavel.
A incisão operada por elle tornára-se uma chaga. Dessa abertura fez o vento uma fratura. O córte transversal separava em duas a Durande. A parte posterior,