amarrada uma barca trazendo um pouco á ré um vulto massiço donde sahia o cano que ficava em frente á janella. A prôa da barca prolongava-se além do canto da parede da casa e encostada ao cáes.
Não havia ninguem na barca.
A barca tinha uma forma especial, conhecida por todos em Guernesey; era a pança.
Lethierry pulou deutro. Correu á massa que ficava alem do mastro. Era a machina.
Era ella, inteira completa, intacta, sentada sobre o fundo de metal; a caldeira estava com todas as peças; a arvore das rodas estava arranjada e amarrada perto da caldeira; a bomba estava no seu lugar; nada faltava.
Lethierry examinou a machina.
A lanterna e a lua ajudaram-lhe o exame.
Passou em revista todo o machinismo.
Vio as duas caixas que estavam ao pé. Olhou para a arvore das rodas.
Foi ao camarote; estava vasio.
Voltou á machina e apalpou-a. Metteu a cabeça na caldeira. Ajoelhou-se para ver dentro.
Collocou na caldeira a lanterna que illuminava todo o mechanismo e produzia o effeito de uma machina acesa.
Depois deu uma gargalhada, e levantando-se, com o olhar fixo na machina e os braços estendidos para o cano, gritou: soccorro!
O sino do porto ficava perto. Lethierry correu a elle, segurou a corda, e começou a sacudir o sino impetuosamente.