por quem ama?
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HOMENS
8 Não sois; a moça é ingrata
Como a amante de um poeta;
E ha de fazer de vós
Um refinado pateta.
9 Não sois, e por vossa culpa
Ella vos advirtio;
Agora o trunfo ás avessas,
Meu amigo vos sahio.
10 Não sois, não fostes, nem nunca,
Nem nunca sereis, senhor,
Pois sabeis que as quitandeiras
Querem ouro por amor.
11 Muito, e ella folga disso
Com a mira no dinheiro!
Ah! meu tolo, acreditai-me,
Não ha amor verdadeiro!
12 Sois muito correspondido,
E, meu senhor, porque não?
A moça não pensa em vós:
Nos contos cifra a paixão!