E’ em geral um lyrismo que não é mais a pieguice dos ultimos descendentes do Lamartine, lamuriando em plagas brasileiras, de 1840 a 60, a querer ensurdecer a gente. E’ alguma cousa de mais forte, que já é um presentimento da poesia social, politica e humanitaria de Hugo e Quinet.

Bittencourt Sampaio, Calasans e José Maria Gomes, se me antolham superiores, entretanto, a Constantino, o primeiro pela doçura de seus quadros brasileiros, o segundo pela espontaneidade da metrica, o terceiro pela originalidade das imagens.

O segundo gremio de poetas deixei-o capitanear por Tobias Barreto, que todavia teve muito mais imitadores no Brasil em geral do que peculiarmente em sua pequena patria. Castro Alves, Victoriano Palhares, Carlos Ferreira, Castro Rabello, Mucio Teixeira, este em sua primeira phase, bastam para garantir-me a veracidade do asserto.

E’ um ponto de verdade historica que tem sido difficil tragar á desdenhosa petulancia e dura filaucia de certos criticos da terra.

« Que ! Elle, o rapagão bonito, venturoso bahiano, filho de medico influente, cunhado de negociantes abastados, o delicioso cavalheiro negro das yayás dengosas, podería lá ter sido sectario do pobre mestiço de Sergipe, filho de um escrivão obscuro, elle, o Castro gentil, haveria de ter nada com o feioso Tobias ? !… Ora, deixe disso, deixe-se de inconveniencias, meu caro senhor, tenha mais senso pratico…» E’ a tal historia. Tenho-a lido e ouvido milhares de vozes. Mas ha alguma cousa superior e mais séria do que todas as fatuidades bairristas de quem quer que seja ; é a verdade, delicia e ventura das almas sãs.

Conheço versos de Castro Alves de seu periodo bahiano, dos annos 1861, 62, e 63 antes de Tobias ter posto em agitação a elle o a mocidade academica de seu tempo, que são dignas amostras da estafada poetica de Moniz. E era isto fatalissimo.

Castro Alves, nascido em 1847, um rapazito de quatorze annos em 61, de quinze em 62 e dezeseis em 63, não podia deixar de pagar o tributo de todos os que começam, não podia deixar de reflectir o

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