meio, o ambiente social que o cercava e onde deu os primeiros passos nas lettras.

Ora, esse meio era a Bahia e na Bahia o collegio do dr. Abilio Borges, donde sahiu para matricular-se na faculdade do Recife. Alli, desde 1862, já estava Tobias, muito mais velho (quasi dez annos), muito mais instruido já então em latinidade e lettras latinas, nas litteraturas franceza e portugueza, na critica e cousas litterarias em geral, e Tobias, que nesse tempo tinha tantos annos quantos aquelles com que veiu muito depois a morrer Castro Alves, não era homem de andar calado.

Conhecidissimo, desde logo, pelo seu escandaloso exame de latim em que tinha espichado toda a mesa examinadora, já nos theatros tinha recitado poesias, já as havia publicado nos jornaes, já tinha saudado a terra pernambucana — na famosa óde A’ Vista do Recife.

Dizem, porém, que o vate bahiano mais tarde o sobrepujára. Póde ser que sim. Com franqueza, porém, e sem a mais leve paixão, não sou desta opinião.

Acho que em declarações, exaggeradas imagens e metaphoras — o poeta das Espumas Fluctuantes vence o dos Dias e Noites; não o excede, porém, em doçura, em meiguice, delicadeza, blanpicia, carinho, naquillo em que ambos são incomparaveis, no lyrismo pessoal, subjectivo, amoroso.

O tempo, esquecendo as extravagancias de escola dos dous poetas, ha de decidir este pleito, dando-me razão, como já m’a deu pela bocca de dous talentos lyricos de primeira ordem, Luiz Murat e Alberto de Oliveira.

A grande vantagem do Castro Alvos, além de ser bahiano, é ter vindo para o sul, para o Rio e S. Paulo, onde a fama se fabrica neste paiz, e as reputações são consagradas, é haver publicado as Espumas Fluctuantes, onze annos antes dos Dias e Noites.

Quando este ultimo livro appareceu, já aquella escola poetica tinha passado de moda, o publico tinha ficado acostumado a ligar

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