Visitando a igreja reterindo-lhe alguem o nome do padre, disse a companheiros que o cercava:
«Bicho de faro é cachorro,
Filho de porca é leitão :
Quem ligou as duas raças
Nesta igreja da Missão?»
Outro foi, em fórma charadistica, diante de uma intelligente viuva que lhe apresentaram, eximia nesse jogo de espirito :
—«Quem o diz—já não duvida,
—Grata no saibo e na côr :
Por fóra um véo de tristeza,
Por dentro um mundo do amor.»
A talentosa pernambucana atinou immediatamente com a palavra syllabada nos dous primeiros versos e velada no conceito dos outros dous.
Tudo tem sua lógica, até a morte !… disse o poeta ao expirar. Este despretencioso escripto tambem tem a sua logica e é mister dar-lhe a conclusão. Passando a outros grupos, lastimamos apenas que ainda neste Parnaso não tenha podido inserir o magnífico Hymno do Trabalho, publicado em 1875 na Escada, que começava :
«O trabalho é a vida que corre Em procura do bom, do melhor : As estrellas de Deus brilham menos Do que as gotas do humano suor…»
e terminava por esta apostrophe :
«Que susurro de forjas ardentes, Que ruido em presença de Deus ! Os cyclópes vibrando os martellos, E as faiscas batendo nos céus !—»