PARNASO SERGIPANO
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Pobre amor ! triste serrana
Traz dorido o coração !
Crueis agonias
Affeião-lhe os dias,
Chorando sem termo
No êrmo
Ao sertão !
Que sorte tyranna !
Na pobre cabana
Sosinha à gemer…
Que angustia ! que dores !
Podesse eu de amores
Viver !
—
Vivera vida de enleio
N’este deserto á sonhar,
Em vêz d’agro pranto,
Se ouvira o meu canto
Na brisa macia,
Que ancia
No ar !
Do esposo no seio,
Então sem receio
Podera eu dormir ;
E ao fresco do vento,
Da lua ao relento
Sorrir.
—
Vem ! terà, meu sertanejo,
Os favos de jatahy :
E’ tão saboroso,