— 274 —

Assentado nos pés da rainha
Lobishome batia a batuta
Co’ a canella de um frade, que tinha
Inda um pouco de carne corrupta.

Já resôão timbales e rufos,
Ferve a dansa do cateretê; 21
Taturana, batendo os adufos,
Sapatêa cantando — o le ré!

Getirana, bruxinha tarasca,
Arranhando fanhosa bandurra,
Com tremenda embigada descasca
A barriga do velho Caturra.

O Caturra era um sapo papudo
Com dous chifres vermelhos na testa,
E era elle, a despeito de tudo,
O rapaz mais patusco da festa.

Já no meio da roda zurrando
Apparece a mula-sem-cabeça,
Bate palmas a sucia berrando
— Viva, viva a Sra. condessa!...