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Do improvido colono, que semêa
Sómente estragos n’este chão fecundo!

IV.


Mas, não te queixes, musa; — são decretos
Da eterna providencia irrevogaveis!
Deixa passar destruição e morte
N’essas risonhas e fecundas plagas,
Como charrua, que revolve a terra,
Onde germinão do porvir os fructos.
O homem fraco ainda, e que hoje a custo,
Da creação a obra mutilando,
Sem nada produzir destrue apenas,
Amanhã creará; sua mão potente,
Que doma e sobrepuja a natureza,
Ha de imprimir um dia fórma nova
Na face d’este solo immenso e bello:
Tempo virá em que n’essa vallada
Onde fluctua a coma da floresta,
Linda cidade surja, branquejando
Como um bando de garças na planicie;
E em lugar d’esse brando rumorejo
Ahi murmurará a voz de um povo;