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Eu que, sem gimbo,
Ando pulando.
Vou me safando —
Que pagodeira!

Eis que de um canto
Salta, raivosa,
A gordurosa,
Da cosinheira;
Pede os salarios,
Falla em tomate,
—Eu, em remate,
Dou-lhe a trazeira!

Chora de raiva,
—Pobre coitada;
Fica zangada,
Que, vinagreira!
Eu sou da moda;
Chupo o meu trago,
Como e não-pago,
—Por brincadeira.

E si ha quem diga,
Que sou tratante,
Sagaz birbante,
E’ maroteira;
Porque só finto
Parvos mascates,
Máos alfaiates,
—Por bandalheira.

Tambem, por mofa,
Logro os logistas,
Foros cambistas,
De mão ligeira;