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Que esteira immensa de luz!
Daquella espada na cruz,
Que popular realeza!

Respeitai-o !—nas tormentas
Vio da America as florestas;
Vio as phalanges sedentas
De outras glorias como estas;
Oh! vio nos bosques cerrados,
Nos campos descortinados
Do sol as luzes tamanhas;
Vio nas azas do condor
Alar-se o anjo do amor
Na solidão das montanhas!

gaúcho das campinas,
Solto o ponche ao furacão,
Da liberdade a oração !
Medio a gloria do braço
Na virgindade do abraço
Do céo, da terra e do mar!...
Como erão bellos os montes
Nesses largos horisontes
Do rubro sol—a brilliar!

Sicilianos, saudai—
O heroe das lendas sagradas;
Cobri de flores, juncai
O frio chão das estradas!
A vaga do mar se cala ...
Já nas plagas de Marsala
Retumbou a artilharia:
Que corre, vôa—não cança,
Flagello da tyrannia!

A’s armas!—sôa o rebate,
Lá está Palermo a tremer,