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OLINDA

Olinda—vives formosa
N'estas collinas perdida ;
Princeza do mar saudosa
Tu sonhas de amor rendida!
Vejo-te ahi feiticeira,
Talvez pensando agoureira,
Nessa já morta grandeza ;
Mas em vez de um rico throno
N’esse largo e fundo somno
Fez um ninho a natureza !

Sobre um tapiz de verdura,
India de amor namorada,
Tens a vaga que murmura,
A teus pés escravisada!
Ai no passado a tua gloria,
No livro eterno da historia,