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A PITADA



A pitada é cousa grande,
Vem de engenho sublimado;
E’ capaz de tirar monco
Do nariz mais confiado.

Certo Papa alti-potente,
D’ella tendo experiencia,
Suspendeu suas tomadas,
Por temer sua influencia.

Não respeita velho ou moço,
Seja preto ou côr de giz;
Sahe do bote para a caixa,
E da caixa p’ra o nariz.

E’ prazer que não se explica,
Ardorzinho que consola,
Vicio honesto, innocentinho,
Protegido pela estola.