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Qual porco de espinho,
Se faz namorado;
Mettido em funduras
Lá geme, e suspira,
Qual fero Tymbira —
E’ asno chapado.
Se guapo marido,
Rapaz de bom gosto,
Vai pelo sol posto
Jogar seu pacáo;
Deixando a metade,
Contente, alegrinho,
Não vê que o visinho....
Coitado, é patáo!
Mas sendo avesado
A’ tal brincadeira,
Quindim, frioleira,
Lhe chama — brejeiro —
Na phrase do mundo
Não passa por tolo;
Tem fronte e miolo
De manso Cordeiro.
Se tropego velho,
De queixo cahido,
Dengoso e rendido,
Com moça se liga:
Lá quando mal cuida
Na fronte lhe saltam,
Relevos que esmaltam,
Em fórma de espiga.
Se rapa o que póde
Finorio empregado,