Não susta o sol no rapido declive,
Que imerge áquem dos Andes orgulhosos.
D’Africa e d’Asia os desbotados louros!
Eia! — o bronzeo canhão rouqueja, estoura,
Ribomba o ferreo som d’um écho em outro,
Nuvens de fumo e pó lá se condensão...
Correi, bravos, correi!... mas tu és livre,
És livre como o arbusto dos teus prados,
Livre como o condor que aos céos se arroja;
És livre! — mas na accesa phantasia
Debuxava-me o espirito exaltado
Fragoas cruas de morte, o horror da guerra
Descobrir, contemplar. — Oh! fôra bello
Arriscar a existencia em pró da patria,
Regar de rubro sangue o patrio solo,
E sangue e vida abandonar por ella.
Longe, delirios vãos, longe phantasmas
De ardor febricitante!
Á gloria deste dia comparar-se
Póde acaso visão, delirio, ou sonlio?
Ao fausto anniversario
Da nossa independencia?
Acclamações altisonas
Corrão nos ares da immortal Cachias:
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ultimos cantos.
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