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que tambem praticam os marinheiros e os habitantes das praias.

Pondo-se de infusão por espaço de 24 horas esta herva, presta-se muito para purificar o corpo de infecções. Usa-se somente do vinho.

Crêem tambem que, engolindo o fumo, ficam alegres, joviaes e previnidos contra a tristesa e melancolia.

Vou referir-vos alguns casos que me contaram:

Um selvagem que foi morto na bocca de uma peça, e de quem hei-de fallar no Tratado do Spiritual, antes de se encaminhar para o supplicio pedio um macinho de Petun, como ultima consolação d’esta vida afim de morrer com energia e alegria. Apenas alcançou o que desejava mostrou-se alegre e sempre cantando até o fim.

Quando seos companheiros o ataram á bocca da peça, elle pedio para que não amarrassem o braço direito de fórma que o embaraçasse de levar á bocca o Petun: quando a bala dividio o seo corpo em duas partes, uma foi para o mar, e a outra cahio na base do rochedo, e n’esta achou-se ainda seguro pela mão direita o mólho de Petun.

Os selvagens sentenciados á morte não soffrem a pena sem usarem antes do Petun, conforme o costume da terra, e não deixavam este habito nem mesmo os doentes.

Os feiticeiros do paiz servem-se d’esta planta com proveito, o que agora não refiro, e sim guardo para o fazer mais adiante, si não me esquecer.

Empregam ainda outro meio para a conservação da saude.

Comem muitas vezes e pouco de cada uma: depois que comem lavam muito bem a bocca, e se tem sêde quando comem, bebem pouco apenas para apagar a sêde, gargarejam bem a agua na bocca para aplacar o ardor do paladar.

Cozinham muito bem suas comidas, e não usam d’ellas meias cozidas ou aferventadas, sendo n’isto mais cuidadosos do que os Francezes.

Untam-se com azeite de palmas, de urucú, e de genipapo,[NCH 44] o que tem sempre em abundancia.