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Lembro-me, que passando algumas canoas pela nossa situação de São Francisco, por uma faquinha de custo de um soldo na França, deram-me setenta, e pela farinha, que lhes offereci para jantar, mimosearam-me com vinte e cinco, que guardei em lugar humido e fresco, deitando-lhes todos os dias um pouco d’agoa, e assim se conserváram sem comer por mais de seis semanas.

Os selvagens comem-nas com muito gosto, e dizem que ellas lhes conservam a saude, e lhes fazem bom estomago.

Cozinham-nas em seos cascos inteirinhas, sem tirar-lhes as entranhas, e nós as achamos assim preparadas muito melhores do que de outra fórma.

Si algum d’elles soffre dos ouvidos por algum defluxo tiram as mulheres o sangue d’estes reptis, misturam-no com o leite tirado de suas mamas, e com isto friccionam o fundo da orelha.

Quando arrancam o cabello dos seos corpos, com pinças de ferro, que lhes dão os francezes, esfregam a pelle com...

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(falta uma folha).
 
 

CAPITULO XLIII

Da caça dos ratos, das formigas e das lagartixas.


Ha outra caçada de um verme, tão divertida e agradavel como as precedentes, é a dos ratos domesticos e selvagens.

Não comem os domesticos, ao menos que eu saiba, porem caçam-nos cruelmente; porque si entra um rato em qualquer