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suas casas grandes, e por esta fórma pouco mais ou menos. «Que nome se ha de dar a teo compadre?»

— Não sei, é preciso estudar.

Indica cada um a sua opinião, e o nome que encontra mais apropriado, e si é bem recebido pela assembléa lhe é imposto com seo consentimento, si é homem de posição: si é do vulgo, queira ou não queira, ha de ter o nome, que lhe der a assembléa.

Tem tambem outra maneira de impôr nomes: quando elles vos estimam, e vos dam muito apreço, elles vos dam o seo proprio nome.

Depois de saber vosso nome pensam na cozinha dizendo — Demursusen Chetuasap, ou então Deambuassuk Chetuasap? «Tem fome, meo compadre? quer comer alguma coisa?»

A hospede vos escuta e vos attende prompta a servir-vos si disserdes sim ou não, porque tomarão vossa resposta, como dinheiro contado, visto que n’essas terras nem se deve ser vergonhoso, e nem guardar silencio.

Si tendes fome, direis Pá, chemursusain, Pá, cheambuassuk, «sim, tenho fome, quero comer.»

Perguntam elles Maé-pereipotar, «que queres tu comer? que desejas tu que eu te traga?»

São mui liberaes no principio, diligentes na caça e na pesca, afim de contentar-vos e ganhar vossa affeição para obter generos; mas cuidado, não lhe dês tudo no principio, conservae-o sempre na esperança, dando-lhe cada mez alguma coisinha.

Á sua pergunta dizei, si quereis carne, peixe, passaros, raizes, ou outra qualquer coisa, e então vossos hospedes, o marido e a mulher trazem para vós a caça, o Mingau, que tiverem, podeis comer a vontade e dar a quem quizerdes.

Apenas tiverdes comido, arma a sua rede ao pé da vossa, principia a conversar comvosco, offerece-vos um caximbo cheio de fumo, que accende, chupa tres fumaças, que expelle pelas ventas, e depois vos entrega como coisa muito