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bôa, e que faz muita estima, como na França se pratica com as bebidas.

Accende tambem seo caximbo, e depois de haver tomado cinco ou seis fumaças diz — Ereia Kasse pipo: «deixaste teo paiz para vir ver-nos, visitar-nos e trazer-nos generos?»

Respondei-lhe — «sim, deixei tudo, despresei meos amigos, e meo paiz para vir aqui vêr-te.»

Levantando então a cabeça como que admirado, diz Yandé repiac aut, «compadeceo-se de mim, olhou-nos com piedade: lembraram-se os francezes de nós, não se esqueceram de nós.»

Deixaram sua terra para nos vir ver — Y Katu Karaibe: «são bons os francezes e muito nossos amigos.»

Depois pergunta ao francez Mabuype deruuichaue Yrom? «Comvosco quantos superiores, guerreiros, capitães e principaes vieram?»

Responde-lhe elle Seta, «muitos.»

Replica o selvagem — De Muruuichaue? «Não és d’esse numero? Não és um dos principaes?»

Bem podeis pensar, que não ha ninguem, por mais mediocre, que seja a sua condicção, que de si não diga bem, e por isso responde o francez Ché Muruuichaue «sim, sou um dos principaes.»

Diz o selvagem Teh Augeypo «muito bem, estou muito contente: basta, fallemos de outra coisa.» Ereru patua? Ereru de caramemo seta? «Trouxestes muitas caixas e cestas, cheias de mercadorias?»

São as melhores noticias, que se lhes pode dar, para as quaes tem sempre dispostos o animo e o coração, de sorte, que tudo quanto dizem é somente como que um preambulo para chegar a este ponto.

Depois que o francez responde-lhe affirmativamente diz o selvagem — Mea porerut decarameno pupé? «O que trouxestes em vossas caixas e coffres de joias? que mercadorias?» dizem elles com vóz doce e agradavel, pois são muito curiosos de saber o que trazem comsigo os francezes.