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pela serenidade de teos conselhos, e pelas bellas leis de tua politica.

Que digo eu?

Povo sabio, intelligente, grande nação, illustre reino, ceo estrellado de tão bellos espiritos delicados, parabens: és na verdade maravilhosamente illustre!

Pela multidão de tantos prelados veneraveis, grandes bispos, ricos abbades, e chefes de ordens.

Pelo crescido numero de tantos homens santos, notaveis pela bondade, famosos pela sciencia, e nobres pela progenie, illustres pelos milagres que hão florescido e brilhado dentro e fora dos teos mosteiros.

Pela tua posição entre dois grandes mares, onde por meio de teos dois braços exerces piedade e justiça em villas tão grandes e bellas, ricas, afamadas e populosas, n’um paiz tão abundante, e em provincias tão amplas e copiosas, e em tão grande numero.

O que te falta para chegares ao cumulo de tua felicidade?

O que pode accrescentar-se ao ramalhete de teos louvores, á grinalda de tuas honras, á corôa de tuas glorias, tecida em ternario, symbolisado pelos teos tres lyzes, em campo de oiro, a não ser que hoje enriquecido pelo Rei Luiz, o rei dos lyzes, alcances, sob sua authoridade, o cheiro de Jesus no Ceo, e ao longe a salvação dos povos selvagens mergulhados em trevas, e nas sombras da morte d’infidelidade, de incivilidade, e de barbaridade.

Foste por Deos escolhido para tão grande honra, satisfação e alegria para levar ahi, o suave nome do Redemptor, estabelecer o imperial sceptro de sua cruz triumphante, signal sagrado, signal do Filho do Homem, e estandarte do grande rei dos reis, sob o qual se devem reunir todos os povos, que se desejam salvar, e então ahi semear a boa nova do seo Evangelho, salvador dos crentes.

Outr’ora até o occidente buscando para o meio-dia pelo grande Carlos Magno, com a sua espada de ferro, mostraste