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artigos, que publicava a Revista de Pariz a respeito dos antigos viajantes francezes, e na verdade sem desvantagem, ao lado do Padre du Tertre, a quem Chateaubriand justamente chamou o Bernardin de Sant’Pierre do 16º seculo.

Este artigo, cujo menor defeito era sem duvida alguma o ser pouco desenvolvido, formou n’esse mesmo anno uma pequena brochura, publicada em casa de Techener, e immediatamente esgotou-se a edicção.

Desde essa epocha não foi mais Ivo d’Evreux de todo desconhecido aos amadores das viagens antigas, aos homens de bom gosto, que buscam avidos de curiosidade os escriptores esquecidos, percursores do grande seculo. Preoccupado, mais do que se crê na Europa, de suas tradicções poeticas, e de suas nascentes glorias, o Brasil saudou o nome do velho viajante, e lhe deo um lugar entre os homens pouco conhecidos, mas que devem ser consultados quando se tracta dos tempos primitivos.

O Imperador D. Pedro, que occupa um lugar entre os bibliographos mais illustrados, e que tem decidido gosto pelas raridades bibliographicas, que derramam alguma luz sobre as antiguidades do seo vasto Imperio, mandou extrahir uma copia, sendo depois imitado seo exemplo!

O unico exemplar, pertencente á bibliotheca imperial d’ahi em diante foi lido e relido:[1] uma phalange de escriptores

  1. Devo ainda a Mr. Ferdinand Diniz a seguinte communicação, feita em carta, por mim sempre muito presada, de 16 de setembro de 1873.
    «O segundo exemplar conhecido da obra do Padre Ivo d’Evreux pertence ao Sr. Dr. Court, habil e zeloso bibliographo e possuidor, por sua fortuna, de grandes raridades.
    «Tive em minhas mãos este precioso exemplar, que custou 800 francos.
    «Tem mais duas ou tres folhas do que o da Bibliotheca Imperial.
    «O feliz possuidor do exemplar conhecido mora em Pariz, rue du Centre n. 4; actualmente anda viajando em beneficio da saude alterada de um seo irmão, porem quando elle voltar, irei de novo visitar seo thesouro.» — Do traductor.