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da provincia do Maranhão, annexos ao Almanack de 1860 publicado por B. de Mattos.)

Esta linda cidade é naturalmente dividida pela espinha dorsal da peninsula, que separa as duas bacias dos rios na direcção de E. O.

Seo ponto mais elevado é o Campo d’Ourique, onde apresenta 32m 692c de elevação acima do nivel medio do mar.

É dividida em tres parochias: N. S. da Victoria, S. João, e N. S. da Conceição, tem 72 ruas, 19 becos, 10 praças, 55 edificios publicos, e 2,764 casas, das quaes 450 tem um só pavimento.

Para utilidade dos habitantes podem ser maiores e mais regulares as praças, e embora sejam as ruas cortadas em angulo recto, podiam ser mais largas e melhor dispostas sendo observadas as regras da hygiene.

Não são más suas calçadas, e tem declive bastante em relação aos dois rios que banham a cidade. Em resumo é a Capital do Maranhão saudavel e limpa.

«O navio que demandar o porto, toma por marca o Palacio do governo, assentado n’uma eminencia que domina o porto.

Este edificio tem a seos pés o Forte de Sam Luiz, e de suas janellas percorrendo-se com os olhos uma extensa bahia avista-se ao longe as costas e a cidade de Alcantara: mais perto da barra está o pequeno Forte da Ponta d’areia, e dentro do porto na margem opposta do Bacanga a pequena ermida do Bomfim, muito arruinada, e na frente do Anil a Ponta de Sam Francisco, onde segundo a noticia que nos dirige, entregou la Ravardiere ao commandante portuguez a cidade nascente e a fortalesa de Sam Luiz, nunca se podendo assas louvar n’essa occasião o procedimento inteiramente nobre do commandante francez e de Alexandre de Moura por parte da Hespanha.

O joven cirurgião de Pariz que foi com tanto zelo pensar os feridos dos dois partidos, e que recebeo tão penhorador acolhimento no campo inimigo poude d’elle dar somente uma