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13 (pag. 20).

Entra Gabriel Soares em minuciosas descripções do fabrico d’esta farinha, de que os indios fazem grandes provisões.

A especie de mandioca, conhecida pelo nome de Carimã, serve de base.

Esta raiz a principio dissecada a fogo brando, depois ralada, é pisada n’um almofariz, peneirada e misturada com certa quantidade de outra qualidade de mandióca na occasião de ser torrada, o que se faz até ficar muito secca, e n’esse estado é conservada por muito tempo.

Encontram-se sobre esta industria agricola do Brasil todos os esclarecimentos necessarios no Tratado descriptivo do Brasil, pag. 167.

Augusto Saint-Hilaire disse com rasão, que a cultura da mandióca tirou a maior parte dos seos processos da economia domestica dos Tupis, e resumio concisa e habilmente tudo que ha a dizer-se relativamente ao cultivo da planta. (Voyage dans le district des Diamants et sur le littoral du Brésil. T. 2 — pag. 263 e seguintes.)

14 (pag. 21).

Gabriel Soares está aqui inteiramente de accordo com o nosso Missionario.

Estas grandes canoas chamavam-se Maracatim, por causa do Maracá, que, como protector, trasiam na prôa. Iga chamava-se uma canôa pequena, e Igaripé uma canoa de cortiça ou casca de arvores, etc. etc. (Vide Ruiz de Montoya, Tesoro, na pag. 173.)

15 (pag. 21).

André Thevet, e depois d’elle João de Lery descreveram com exactidão este genero de ornato, chamado Araroye pelo ultimo d’estes viajantes.