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e emfim João de Lery Tuupinambaults. Malherbe suavisando a expressão escreve Topinambus. Foi esta ultima orthographia a que prevaleceo no tempo de Luiz XIV, porem preferimos a que é adoptada pelos brasileiros.

24 (pag. 31).

Por esta palavra tão vaga, aqui empregada pelo padre Ivo, suppomos que elle pretende designar os povos mais selvagens ainda que os Tupinambás, ou então que se entregavam mais especialmente a anthropophagia.

Nas obras de Humboldt encontra-se uma curiosa definição da palavra Canibal. Notaremos apenas, que 50 annos antes do tempo, em que escreveo o padre Ivo, designavam-se assim, quasi que exclusivamente, os indios mais proximos do Equador.

Na historia da França antarctica por André Thevet, á proposito da madeira de tincturaria, lê-se o seguinte: «o da costa do rio de Ianaire é melhor que o da costa de Canibaes e de toda a costa do Maranhão,» (pag. 116 verso), e mais adiante: «visto que chegamos a estes Canibaes, d’elles diremos apenas, que este povo, depois do cabo de Santo Agostinho, e alem até o Maranhão, é o mais cruel e deshumano que em qualquer outra parte da America. Esta canalha come ordinariamente carne humana, como nós comemos carneiro.» (pag. 119.)

25 (pag. 31.)

Foi com effeito nas margens do Itapecurú, que se apresentaram os portuguezes.

Claudio d’Abbeville disse algumas palavras sobre este bello rio, porem exagerou o seo curso.

Nós estamos tão pouco ao facto da geographia d’esse paiz, que Adriano Balbi se contentou em mencionar seo nome apenas no quadro, que traçou, dos rios do Maranhão.