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62 (pag. 127).

Com o nome de cabaças conhece-se geralmente no Brasil vasilhas ordinarias, feitas com o fructo da cabeceira.

Em Venezuella chama-se Tutumas.

Algumas destas vasilhas naturaes mostram delicados ornatos, cores inalteraveis pela agua e grande brilho. (Vide a este respeito Claudio d’Abbeville, Histoire de la mission des péres Capucins.)

63 (pag. 128).

É isto confirmado por Magalhães de Gandavo, o primeiro escriptor portuguez, que escreveo uma historia regular do Brasil em 1576.

Este amigo de Camões recorda a expressão indigena de que se serve o padre Ivo, porem não partilha sua opinião, antes crê ser o ambar um producto vegetal formado no fundo do mar. O que é certo é, que nos seculos XVI e XVII o encontro, quasi sempre casual, de enormes pedaços de ambar, arremeçados pelas ondas em praias não exploradas, enriqueceo muita gente.

64 (pag. 131).

Debalde procuramos este nome no livro de Ayres do Casal, e no Diccionario de Milliet de Saint Adolphe.

A região habitada pelos Cahetés de que trata, sabemos com certesa ser na provincia de Pernambuco.

A palavra Cahetés significa floresta grande, e se applica a diversas localidades.

Foram os Cahetés, que em 1556 mataram e devoraram o primeiro Bispo do Brasil, D. Pedro Fernandes Sardinha.

Este sabio prelado, natural de Setubal, e educado na universidade de Pariz, regressava á Lisboa, onde ia queixar-se do governador da Bahia.