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na qual figura o Unicornio. Vide Le Monde enchantée, e especialmente a dissertação intitulada Revue de l’histoire de la Licorne par un naturaliste de Montpellier. (P. J. Amoreu.) Montpellier Durville, 1818, em 8.º 47 pags.

97 (pag. 239).

É sabido ser esse o nome, que aos portuguezes davam os Tupinambás.

Pero quer dizer cão na lingua de Camões, mas suppõe-se que o nome — Pedro — muito usado no Brazil, provinha de tão estranha designação.

Ayres Casal conta até á este respeito uma historiasinha, recorrendo á tradicção, de como um serralheiro, chamado Pedro, fôra arremeçado pelas ondas, após um naufragio, ás praias do Maranhão. Graças a sua habilidade no trabalho do ferro fez-se este homem agradavel aos indios, e seo nome com pequena modificação servio d’ahi em diante para fazer conhecidos os individuos, que se julgavam ser da sua raça.

Em sua Corographia o Dr. Mello Moraes escreveo esta legenda muito mais completa.

98 (pag. 242).

Não se tem procurado esclarecer por meio de uma discussão grammatical — esta parte do livro.

Differenças mui sensiveis, produzidas pelo tempo e sobre tudo pela pronuncia, fizeram este lugar para assim dizer indicifravel. Nada é mais dificil do que traduzir pelos caracteres da nossa escripta os sons das linguas indigenas. Essas inflexões tão delicadas, e as vezes tão fugitivas, em sua apparente rudeza são dificultosamente ffixadas no papel. Notou Humboldt pertencerem ellas algumas vezes á certos caracteres physicos das raças.

As nações européas, as mais habituadas á estes estudos, não percebiam da mesma fórma os sons, e nem os escreviam