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feita à vela, nunca mais embarrou, a não ser para Niterói.

— Prático.

— Em terra, disse-me rapidamente Gonzaga de Sá. Bela casa!

— Bela casa!

O ato findava. Palmas entusiásticas partiram das galerias, e alguns nas cadeiras também aplaudiram. Saímos. Pus-me a ver as feições daquela gente tão maldosamente catalogada por Gonzaga de Sá. Tinham não sei que de inquietude, não sei que de desassossego no olhar, que me finalizou. Quis interrogar o meu amigo. Parei um instante para ver a Pilar, que passava. Roçou-me e pude ver-lhe bem as feições. Eram calmas, e, o olhar, seguro e satisfeito. Em face daquela inquietude geral, o seu sossego pareceu-me superior, aristocrático, exercendo aquela fascinação especial da pessoa humana que pode, está segura de si e não tem tormentos. Observei tudo isto a Gonzaga de Sá, ele sorriu-se ligeiramente e retrucou:

— Pudera! Eles sabem como estão aqui; eles sabem que os que, com bulha e matinada, frequentavam o Lírico ou o Provisório há quarenta anos atrás, no meu tempo, não têm talvez um representante entre eles. Para onde