Peregrinaçam
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Em qve da conta de mvytas e mvyto eſtranhas couſas que vio & ouuio no reyno da China, no da Tartana, no do Sornau, que vulgarmente ſe chama Sião, no do Calaminhan, no de Pegù, no de Martauão, & em outros muytos reynos & ſenhorios das partes Orientais, de que neſtas noſſas do Occidente ha muyto pouca ou nenhűa noticia.
E tambem da conta de mvytos casos particulares que acontecerão aſsi a elle como a outras muytas peſſoas. E no fim della trata breuemente de algũas couſas, & da morte do Santo Padre Franciſco Xauier, unica luz & reſplandor daquellas partes do Oriente, & Reytor nellas vniuerſal da Companhia de Ieſus.
Eſcrita pelo meſmo Fernão Mendez Pinto.
Dirigida à Catholica Real Magestade del Rey dom Felippe o III. deſte nome noſſo Senhor.
Capítulos I a XEditar
- CAPITVLO I. Do que paſſey em minha mocidade neſte Reyno ate que me embarquey para a India.
- CAP. II. Como deste reyno me party para a India, & do ſucceßo que teue a armada am que fuy.
- CAP. III. Como de Diu me embarquey para estreito de Meca, & do que paßey nesta viagem.
- CAP. IV. Como daquy fomos a Maſſuaa, & dahy por terra â May do Preste Ioaõ, à fortaleza de Gileytor.
- CAP. V. Como nos partimos do porto de Arquico, & do que nos ſoccedeo cõ tres vellas de Turcos que topamos.
- CAP. VI. De hum motim que ouue nesta cidade: & da causa; & do ſucceſſo delle, & porque via eu fuy daqui leuado pera Ormuz.
- CAP. VII. Do que paſſey depois que me embarquey em Ormuz ate chegar a India.
- CAP. VIII. Do que nos ſoccedeu na viagem de Chaul para Goa, & do que eu paſſey depois que cheguey a ella.
- CAP. IX. Do que Gonçallo Vaz Coutinho paßou com a Raynha de Onor.
- CAP. X. Como o Capitão môr cometeu queymar a Galè dos Turcos, & do que ſobre iſſo paſſou.
Capítulos XI a XXEditar
- CAP. XI. Do que mais ſocedeo ate o outro dia, que Gonçallo Vaz ſe partio para Goa.
- CAP. XII. Do que paſſou neste tempo atê Pero de Faria chegar a Malaca.
- CAP. XIII. Como Pero de Faria foy viſitado por hum Embaixador do Rey dos Batas, & do que paſſou com elles.
- CAP. XIIII. Do que mais paſſou neste caſo ate Pero da Faria me mandar a este Rey Bata, & do que vy no caminho.
- CAP. XV. Do q̃ em Panaajû paſſey co Rey dos Batas, antes que ſe partiße para o Achem.
- CAP. XVI. Como este Rey Bata partio de Turbão para o Achem, & do que fez deſpois que ſe vio com elles.
- CAP. XVII. Do mais que o Rey Bata fez deſpois do ſocceſſo deste dia.
- CAP. XVIII. Do mvis que paſſey co Rey Bata atê que me party para Malaca.
- CAP. XIX. Do que paßey atè chegar ao reyno de Quedâ, na costa da terra firme de Malaca, & do que ahy me aconteceo.
- CAP. XX. Do que paſſey deſpois que me party deste rio Parlès ate chegar a Malaca, & da informação que dey a Pero de Faria de algũas couſas.
Capítulos XXI a XXXEditar
- Cap. XXI. Como chegou â fortaleza de Malaca hum Embaixador del Rey de Aarû, & do que paſſou nella.
- Cap. XXII. Como me fuy ver com el Rey de Aarû & darlhe o que Pero de Faria lhe mandaua, & do q̃ paſſey com elles.
- CAP. XIII.I Do que mais paſſey atè ſer leuado â cidade de Siaca, & do que nella me ſocedeo.
- CAP. XXV. Do que mais me ſocedeo com este mercador Mouro.
- CAP. XXVI. Da armada que o Achem mandou contra el Rey de Aarû, & do que lhe ſocedeo chegando ao rio de Paneticão.
- CAP. XXVII. Da morte del Rey de Aarú, & da cruel justiça que ſe fez delle deſpois de morto.
- CAP. XXVIII. Do que paſſou no reyno de Aarû deſpois da morte del Rey, & de como a Raynha foy a Malaca.
- CAP. XXIX. Do recebimento que em Malaca ſe fez â Rqynha de aarû, & do que paſſou com Pero de Faria Capitão de Fortaleza.
- CAP. XXX. Como esta Raynha de Aarû ſe partio de Malaca para Bintão, & do que paſſou com el Rey do Iantana.
Capítulos XXXI a XLEditar
- CAP. XXXI. Da notificaçaõ que el Rey do Iantana mandou fazer ao Rey do Achem sobre o reyno de Aarû, & do que lhe elle reſpondeo.
- CAP. XXXII. Do que mais paſſou entre el Rey do Iantana, & o do Achem ſobre o negocio desta embaixada.
- CAP. XXXIII. Como indo eu de Malaca para o reyno de Pão achey vinte & tres Christãos perdidos no mar.
- CAP. XXXIIII. Como cheguey ao reyno de Pão com estes perdidos, & do mais que aly paſſey.
- CAP. XXXV. Como el Rey de Pão foy morto, & quem o matou; & a razão porque, & do q̃ então nos ſocedeo a Tomê Lobo & a mim.
- CAP. XXXVI. De hum triste caſo que na barra de Lugor nos aconteceo.
- CAP. XXXVII. Do que paſſamos os tres companheyros deſpois que nos metemos pelo mato dentro.
- CAP. XXXVIII. Quem era esta molher com quem hiamos, & como nos mandou para Pantane, & do que fez Antonio de Faria ſabida a noua da noſſa perdição, & da fazẽda que lhe tomarão.
- CAP. XXXIX. Como Antonio de Faria ſe partio para a ilha de Ainão em buſca do Mouro Coja Acem, & do que achou antes que chegaſſe a ella.
- CAP. XXXX. Como daquy nos partimos para a ilha de Ainão, onde auia nouas que estava o Coſſayro Coja Acem, & do que nos acõteceo no caminho.
Capítulos XLI a LEditar
- CAP. XXXXI. Como Antonio de Faria chegou ao rio de Tinacoreu, a que os noſſos chamão Varetla, & da informação que daquelle reyno lhe derão hũs mercadores.
- CAP. XXXXII. Do caminho que Antonio de Faria fez indo demandar a ilha de Ainão, & do que lhe aconteceo nelle.
- CAP. XXXXIII. Do que este homem reſpondeo às perguntas que lhe fez Antonio de Faria, & do mais q̃ ahy aconteceo.
- CAP. XXXXIIII. Como Antonio de Faria chegou â bahia de Camoy, onde ſe faz a peſcaria das perolas del Rey da China.
- CAP. XXXXV. Do que hum mercador aquy diſſe a Antonio de Faria acerca das grandezas desta ilha de Ainão.
- CAP. XXXXVI. Do que Antonio de Faria paſſou neste rio de Tanauquir com hum Coſſayro renegado por nome Franciſco de Saa.
- CAP. XXXXVII. Como estando no ſurtos na ponta de Tilaumera, vieraõ a caſo ter com noſco quatro lanteaas de remo, em que vinha hũa noiua.
- CAP. XXXXVIII. Da informaçaõ que Antonio de Faria aquy teue desta terra.
- CAP. IL. Do que Antonio de Faria paſſou neste porto co Nautarel da cidade ſobre a venda ds ſua fazenda.
- CAP. L. Do que ſocedeo a Antonio de Faria ate ſurgir em Madel, porto da ilha de Ainão, onde ſe encontrou com hum coſſayro, & do que paſſou com elle.
Capítulos LI a LXEditar
- CAP. LI. Como Antonio de Faria ouue â mão viuo o coſſayro Captitão do junco & do que paſſou com elle.
- CAP. LII. Do mais que Antonio de Faria paſſou neste rio Madel com a gente da terra, & do que fez deſpois que ſe ſahio delle.
- CAP. LIII. Como nos perdemos na ilha dos ladroẽs.
- CAP. LIIII. Dos mais trabalhos que paſſamos nesta ilha, & da maneyra com que milagroſamente nos ſaluamos.
- CAP. LV. Como nos partimos desta ilha dos ladroẽs para o porto de Liampo, & do que paſſamos atè chegarmos a hum rio que ſe dizia Xingrau.
- CAP. LVI. Como indo nós ao longo da costa de Lamau, encontramos hum coſſayro Chim muyto amigo de Portugueſes, & do pacto que Antonio de Faria fez com elle.
- CAP. LVII. Como encontramos no mar hũa embarcaçaõ pequena de peſcadores em que hião oito Portugueſes muyto feridos, & da conta que elles derão a Antonio de Faria da ſua deſauentura.
- CAP. LVIII. Do que Antonio de Faria fez em Lailoo, onde ſe apercebeo para yr pelejar com Coja Acem.
- CAP. LIX. Como Antonio de Faria pelejou co coſſayro Coja Acem, & do q̃ com elle lhe ſocedeo.
- CAP. LX. Do mais que Antonio de Faria fez deſpois que ouue esta vitoria, & da liberalidade que aquy vſou cos Portugueſes ate Liampoo.
Capítulos LXI a LXXEditar
- CAP. LXI. Como Antonio de Faria ſe partio deste rio Tinlau para Liampoo, & dum deſauenturado ſucceſſo que teue na viagem.
- CAP. LXII. Do mais trabalho & perigo em que nos vimos, & do ſocorro que tiuemos.
- CAP. LXIII. Como Antonio de Faria teue nouas dos cinco Portuguſes que estauão catiuos, & do q̃ fez ſobre iſſo.
- CAP. LXIIII. Como Antonio de Faria eſcreueo hũa carta ao Mandarim de Nouday ſobre o negocio destes catiuos, & a repoſta que teue della & o que elle fez ſobre iſſo.
- CAP. LXV. Como Antonio de Faria cometeo a cidade de Nouday, & o que lhe ſocedeo.
- CAP. LXVI. Do mais que Antonio de Faria paſſou atè chegar às portas de Liampoo.
- CAP. LXVII. Do que fez Antonio de Faria chegando âs portas de Liampoo, & das nouas que ahy teue do que paſſaua no reyno da China.