O amor distingue-se das mais paixões, em ter por objecto um fim corporal, sujeito à saciedade; por isso dura por intervalos. A Providência para conservação do mundo, suscitou o amor, não só nos homens, mas em toda a natureza: ainda os insensíveis, parece que amam, e que sentem; a diferença deve de estar no modo de amar, e de sentir. As criaturas são mais perfeitas, à proporção que são capazes de mais amor; e assim o amor não só é o princípio da vida, mas também é um sinal de perfeição.