É dito que Tales de Mileto, um dos sete sábios[1], foi quem primeiro tentou moldar um sistema de filosofia natural. Essa pessoa disse que uma coisa como a água é o princípio criador do universo, e seu fim - que para isso, solidificando e dissolvendo ciclicamente, tudo consiste e tem base nela; da qual também se originam terremotos, ventos e movimentos atmosféricos[2], e que todas as coisas são criadas[3] e estão num estado de fluxo correspondente com a natureza do autor primário da criação – e que a deidade[4] é aquilo que não tem nem princípio nem fim. Tales, ocupado com hipóteses e de investigar as estrelas, tornou-se o primeiro autor grego sobre este assunto. E ele, enquanto observava o céu, alegou estar examinando objetos divinos, que caíram num poço; e que uma certa donzela, chamada Trata, comentando ironicamente, que enquanto tentava observar as coisas do céu, ele não sabia[5] que estavam aos seus pés. Ele viveu no tempo de Creso.

Notas editar

  1. Nota do Editor Original (NEO):Esses foram Periandro de Corinto (585 a.C.), Pitaco de Mitilene (570 a.C.), Tales de Mileto (548 a.C.), Sólon de Atenas (540 a.C.), Quilon de Esparta (597 a.C.), Brias de Priene e Cleóbulo de Lindos (564 a.C.).
  2. Ou “movimentos das estrelas”.
  3. Ou “carregadas ao longo de” (Roeper).
  4. Ou “o que é divino”. Ver Stromata, de Clemente de Alexandria (pp. 461, 463, edição de Heisinus e Sylburgius). Tales, ao ser perguntado sobre o que é Deus, respondeu: “Aquilo que não tem princípio ou fim.”
  5. Ou “via”.