Sinh'Ana é uma velhota quitandeira,
Comadre e amiga desta vila inteira,
Rica nos anos, rija na saúde,
Que vive toscamente ao pé da estrada,
Numa casinha, simples e barreada,
Dum pitoresco delicioso e rude.
Ah! Quanta vez, nessas manhãs vermelhas,
Cheias de aromas, de canções, de abelhas,
Nós dois, numa travessa caminhada,
Não vínhamos ali - que bom passeio! -
Ver a frescura, a paz, o casto asseio,
Da humilde casinhola ao pé da estrada!
E quanta vez também (que ação profana!)
Doirâvamos a toca de Sinh'Ana,
Com beijos e carícias romanescas,
Enquanto a velha, a cândida velhinha,
Voltando ingenuamente da cozinha,
Trazia um prato de broinhas frescas...