Alice no País das Maravilhas (tradução colaborativa)/Prefácio



Foi numa tarde dourada
Deslizando com muita alegria
Dois bracinhos desajeitados
Remam fazendo folia
Maõzinhas impotentes que comandam
A nossa pretensa fantasia

Ah, trio cruel que em tal momento
Sob o impacto das estações do sonho
Pede um fraco sorriso ou alento
Que mal pode agitar a pena ao vento
Mas de que serve a voz fraca e sentida
Contra a força de três línguas unidas?

A primeira imperiosa se adianta
Cuja força exige ‘o início’...
Em tons mais suaves a segunda espera
‘Não tem senso nisto’...
E a terceira interrompe o ato
Não mais que a cada minuto.

Ocultos, num silêncio repentino
Na fantasia que perseguem
O sonho de criança para terras distantes
Perseguindo o selvagem e alegre
Em conversa amiga com animais ou pássaros...
Vivendo meias verdades adrede.

E como nunca antes história vista
Secam os poços da fantasia
E aquele que se cansa, que pouco se esforçou
Para apresentar o assunto do dia
“O descanso na próxima vez...” “É a próxima vez!”
Diz uma voz com grande alegria

Assim nasceu o País das Maravilhas
Bem devagar, bem lentamente
Sendo todos os episódios gerados...
E terminados, ininterruptamente,
E para casa vamos, cantando felizes,
Sob o sol garboso e quente.

Alice! Ouça esta história infantil
Que com suaves contornos são criados
Guarde-a no campo mágico da memória
Onde todos os sonhos de criança são lançados
Que como flores desfeitas do peregrino
Em uma terra distante foram gerados.