Cuidas tu, louro Flaco, que apertando



Cuidas tu, louro Flaco, que apertando
Os teus estéreis, trabalhosos dias
   Em feixes de hirta lenha,
   Cumpres a tua vida?
A tua lenha é só peso que levas
Para onde não tens fogo a que aquecer-te
   Nem levam peso ao colo
   As sombras que seremos.
Aprende calma com o céu unido
E com a fonte a ter unido curso.
   Não sejas a clepsidra
   Que conta as horas de outros.
 
11-7-1914