Guerra é esforço, é inquietude, é ânsia, é transporte...

E a dramatização sangrenta e dura

Da avidez com que o Espírito procura

Ser perfeito, ser máximo, ser forte!


E a Subconsciência que se transfigura

Em volição conflagradora... É a coorte

Das raças todas, que se entrega à morte

Para a felicidade da Criatura!


E a obsessão de ver sangue, é o instinto horrendo

De subir, na ordem cósmica, descendo

À irracionalidade primitiva.


E a Natureza que, no seu arcano,

Precisa de encharcar-se em sangue humano

Para mostrar aos homens que está viva!


(Outras Poesias, 12)