santos, umas esquírolas de ossos grudadas em farrapinhos, orações manuscritas da lavra do varatojano, metidas em saquinhos surrados da transpiração de outras obsessas.

Marta devia jejuar, como preparatório. Parece que o Demónio se compraz de habitar estômagos confortados na quentura do bolo alimentício. O exorcista jejuava também conforme o preceito dos praxistas, e aconselhava ao Feliciano que jejuasse, em harmonia com o texto de Jesus que dissera pela boca de S. Mateus que : Hoc genus demioniorum in nullo potest exire nisi oratione a jejuino. O Feliciano dizia que sim, que jejuava; mas, às escondidas do frade, comia bifes de presunto com ovos; começava a revelar ideias egoístas, um cuidado da sua alimentação e do seu repouso, certo desprezo cínico pela parte que o Diabo tomara na sua família.

Frei João de Borba da Montanha expendeu ao vigário de Caldelas os fortes sintomas que Marta apresentava de estar possessa. Eram muitos, e bastava-lhe citar os seguintes: