para ir lavar as panelas e o cheiro das banhas frias tornou-se insuportável.

Ele voltou resignado para o canapé da saleta, martelando com a bengala o chão roído pelo caruncho e pelos ratos.

O seu sonho era sair, voltar ao escritório, tatear as folhas dos livros, pensar em negócios, deixar de ver o rosto comprido da filha e de sentir a morrinha da casa suja.

Quem de vez em quando cortava aquela pasmaceira com um pouco de alegria, era a baiana Bertolina que lhes levava um resto de quitanda recambiada, fatias de Mané-taiado, ou cocadas com abóbora, sujeitas ao azedume. E então era só:

— Ioiô! Iaiá! e gargalhadas frescas e: É preciso paciência, atrás dos dias maus vêm os dias bons, não é meu Ioiô? Tenham fé em Deus... E adeus, minha Iaiá, e adeus meu Ioiô!

Seu Mota sorria lambiscando as cocadas, feliz por ver alguém rir.

Nessa tarde a Bertolina iria a propósito; mas quem apareceu foi o Ribas.

Seu Mota contava as moscas da parede, sem querer dar confiança ao rapaz, mas abria os ouvidos.

Ele estava mortinho por dizer o que