A ILUSTRE CASA DE RAMIRES
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tinto; e por fim o Visconde de Rio-Manso, que agarrado a Gonçalo, soluçou, no enternecimento quasi ufano de que a briga assim rompesse, na estrada, quando «o querido amigo, o amigo da sua Rosa» se encaminhava para a Varandinha. Gonçalo, afogueado, banhado de riso, abraçava, recontava pacientemente a façanha, acompanhava até ao portão aquelles cavalheiros, que ao montar as egoas, ao entrar nas caleches, sorriam para a velha Torre, escura e rigida, na doce claridade da tarde de Setembro, como saudando, depois do heroe, o secular fundamento do seu heroismo.

E o Fidalgo, galgando as escadas para a livraria, de novo murmurava, estonteado:

— Que terão dito os jornaes de Lisboa?

Nem dormiu, na anciedade de os devorar. Quando o Bento, em alvoroço, rompeu pelo quarto com o correio — Gonçalo saltou, arrojou o lençol, como se abafasse. E logo no Seculo, soffregamente percorrido, encontrou o telegramma d’Oliveira, contando o assalto! os tiros disparados! a immensa coragem do Fidalgo da Torre, que com um simples chicote... O Bento quasi arrebatou o Seculodas mãos tremulas do Fidalgo, para correr á cosinha, bramar á Rosa a noticia gloriosa!

De tarde, Gonçalo correu a Villa-Clara, á Assembleia, para devorar os outros jornaes de Lisboa,